Conhece os perigos da Lagarta do Pinheiro? Os cães curiosos contactam com os pêlos tóxicos da lagarta e sofrem reações alérgicas e até necrose (principalmente na língua). As lesões ocorrem principalmente na Primavera e Verão!
O que é a Lagarta do Pinheiro e onde vive?
A Lagarta do Pinheiro é perigosa por originar necrose dos tecidos após contacto. Afeta frequentemente os cães, levando normalmente à necrose da língua.
Habita nos pinheiros (bravos e mansos) e cedros, encontrando-se disseminada pelas florestas de Portugal, mesmo em elevadas altitudes. É uma praga devastadora, uma vez que é um desfolhador, originando o enfraquecimento das árvores.
Porque é que a Lagarta do Pinheiro causa necrose?
Cada lagarta tem 120 000 pêlos urticantes, distribuídos por 8 recetáculos. Ao mover-se, alguns pêlos libertam-se dos recetáculos, aumentando a probabilidade de contacto. Ou seja, mesmo que não exista contacto com a lagarta, os pêlos da mesma poderão causar problemas.
Cada pêlo funciona como uma agulha. Ao tocar na pele ou mucosas injeta uma haloproteína tóxica que desencadeia a libertação exagerada de histamina, resultando num quadro alérgico grave.
Porque é que os cães são afetados?
Os cães são animais extremamente curiosos, pelo que irão explorar as lagartas, expondo-se aos seus pêlos tóxicos.
No entanto, também poderão afetar gatos e humanos, estando as crianças, pelo mesmo motivo, mais propícias a serem afetadas.
Sintomas nos cães:
Normalmente a língua é o mais órgão afetado: inicialmente incha e torna-se azulada, seguido da formação de áreas de necrose amarelas ou pretas.
Outras zonas afectadas são a mucosa oral, pele, olhos e sistema digestivo.
Sem tratamento precoce, a zona afetada pode ser perdida dentro de 6 a 10 dias. Em casos graves poderão observar-se tremores, choque, coma ou até mesmo a morte do animal.
Sintomas observados mais frequentemente:
Urticária, prurido (comichão), salivação excessiva, falta de apetite, vómitos, dificuldade em engolir e apatia.
Como tratar o animal afetado?
Se desconfia que o seu animal entrou em contacto com as processionárias, deverá levá-lo de imediato ao médico veterinário , pois a precocidade do tratamento favorece o prognóstico.
O tratamento das lesões é sintomático, pois não existe qualquer antídoto. A zona afetada será lavada e tratada e serão receitados medicamentos para prevenirem infeções secundárias.
Em casos graves, o animal poderá ser hospitalizado, podendo ter que ser sujeito a intervenção cirúrgica.
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Clínica Veterinária Drª Vanessa Carvalho #acuidardesde1998